Os Certificados de Aforro, que atualmente oferece taxas de remuneração atrativas, comparativamente aos depósitos tradicionais, captaram 2664 milhões de euros em Fevereiro, ligeiramente abaixo dos 3014 milhões registados no mês anterior. Dado que se verificaram resgates no valor de 105 milhões de euros, o saldo líquido de Fevereiro foi de 2559 milhões de euros. 

De acordo com dados divulgados pelo IGCP – Agencia de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – no acumulado de dois meses, este produto já atraiu mais de cinco mil milhões de euros, elevando o saldo acumulado para 25.093 milhões de euros, máximo de mais de 25 anos. 

Para este crescimento contribuiu a taxa de rentabilidade oferecida, que para as subscrições realizadas em Fevereiro se situou em 3,403% brutos, bem acima do valor médio dos depósitos a prazo (0,56% em Janeiro). 

Nos Certificados do Tesouro (CT), o saldo é negativo, o que é explicado pela remuneração menos atrativa. Em Fevereiro, entraram 10 milhões de euros e saíram 580 milhões, com o saldo total a baixar para 14.042 milhões de euros. Uma parte significativa da saída de dinheiro deste produto deve-se ao facto de parte das aplicações estarem a atingir a maturidade, não sendo compensadas por novas entradas. 

No total, entre Certificados de Aforro e Certificados do Tesouro, os particulares tinham em Janeiro 39.135 milhões de euros aplicados em dívida pública. 

Os que operam em Portugal têm vido a aumentar a remuneração dos depósitos, no entanto, mantêm-se, significativamente abaixo da média dos países da zona euro. No mês de Janeiro, a taxa de juro média dos novos depósitos a prazo de particulares aumentou para 0,56% (0,35% em Dezembro) em Portugal, a maior subida em 11 anos. 

Com esta subida, Portugal deixou de ser o país da zona euro com a taxa de juro de novos depósitos mais baixa, mas permaneceu significativamente abaixo da média (1,64% em Janeiro). 

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